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10/24/2009 03:24:00 PM
São palavras acres, essas que dizes,
é só olhar em volta, pois tudo está aqui.
Ainda que sejam lamentos confusos,
ainda que tudo faça-nos chorar,
a verdade reside em tudo que somos, em tudo que oferto.
Mas teu desejo inseguro,
tua dor que alto clama isso eu não posso ouvir,
tenho os ouvidos atentos,
mas perdidos em profundo desespero,
porque nada tenho que falar...
Lágrimas escuras vertem-se ao chão frio,
e o grande peso que é posto sobre nossos corações cansados
dilacera a vida que com sangue construímos,
então, chorar, não é?
Não, me entendas mal, como fazes
até já não posso sentir as pontas dos teus dedos
partiremos em seguida? Deixar-me-ás?
Olhe os meus olhos, veja-se neles!
Não partas assim, mas me envolva em si,
faças de mim parte tua, metade devoluta,
corpo que espera, coração que geme
Amor que pretende.
"Olhe os meus olhos, veja-se neles!
Não partas assim, mas me envolva em si,
faças de mim parte tua, metade devoluta,
corpo que espera, coração que geme
Amor que pretende."
Tive que transcrever essa parte porque é muito bom.
Eu sei que a poesia não é pra ser entendida, é pra ser sentida. E esse trecho, principalmente, toca no âmago das emoções de nós leitores...
É mais ou menos isso...
Valeu véio
"Amor que pretende".
Faíscas litero-poéticas de boa safra. A chuva das musas. A morte do oculto.
Continuemos, Sousa...