Degraus e incerteza




sem pressa. os degraus se sucedem, um a um. o frio da madrugada volatiza-se em névoa esbranquiçada. e penso que poderia me volatizar também, ter minha condição sólida transformada em pura névoa cinzenta de tantos erros e idílios. a cada passo o olhar encimesmado encara a pífia claridade, sons perdidos ecoam na vagueza dos pensamentos e me vejo só.
meus passos vacilantes me levam para cima, de repente uma nova realidade se desfigura, e meus passos cansados e lerdos se confundem com o desejo de ficar. sem pressa...

esta impressão um tanto usual é mesmo necessária. o ar frio que inspiro em puxadas rápidas e limitadas machuca-me os pulmões. então acelero. então chego. em lugar algum?
2 Responses
  1. Gutor Says:

    uma forma diferente do seu estilo. mudar é sempre bom.

    Abraços e apareça

    valeu véi


  2. Fábio Ronne Says:

    A vida, em si, segue mais ou menos este caminho. Não acha?
    Adorei "meus passos vacilantes me levam para cima". É a minha 'meia cara' porque a outra metade se completa com isso: "de repente uma nova realidade se desfigura, e meus passos cansados e lerdos se confundem com o desejo de ficar. sem pressa..."

    Muito bom!


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